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CURIOSIDADE:
Vila Carioca é um bairro da cidade de São Paulo, localizado no distrito do Ipiranga. Foi nesse bairro que morou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quando este se mudou do Guarujá para a capital paulista em 1956. É famosa pela proximidade com o bairro de Vila Heliópolis, e das restantes fábricas da região da Avenida Presidente Wilson. Tem um perfil industrial e residencial. Sua principal via é a rua Auriverde. A Avenida Almirante Delaramare, Rua Comandante Taylor e a Avenida das Juntas Provisórias, são as principais vias que circundam o bairro. Está entre os bairros com a maior concentração de indústrias do distrito. Conta com a Estação Tamanduateí da CPTM e Metrô. Na Vila Carioca fica localizada a escola de samba Imperador do Ipiranga,fundada por moradores do distrito. A escola, em 2004, durante os 450 anos da cidade de São Paulo, homenageou o Ipiranga, fazendo menção ao fato de Lula ter morado no bairro, onde citava, em seu samba: "e no Planalto um orgulho teu, brilha também".
Uma área equivalente a pelo menos 25 campos de futebol na Vila Carioca foi contaminada por borras tóxicas enterradas na década de 70 pela Shell. As borras são o resultado da lavagem dos tanques de combustíveis. Após a lavagem, a sujeira era enterrada ao lado dos tanques o que na época era permitido por lei. Essas borras, entretanto, penetraram no solo e se espalharam pela área, contaminando a terra e os lençóis freáticos com metais pesados e derivados de petróleo, como o benzeno. Além disso, a Shell Química, anexa à base de combustíveis, é acusada de ter poluído o solo com restos de pesticidas. A multinacional afirma que a contaminação está restrita à área da empresa. Entretanto Cetesb e Vigilância Sanitária não têm certeza se substâncias tóxicas saíram da propriedade e contaminaram a vizinhança. Um levantamento está sendo feito para saber se aumentaram casos de câncer e outras doenças no bairro. Segundo moradores, nos últimos anos, o índice de mortes está acima do normal Por conta da contaminação, a Shell e a Cetesb são rés em uma ação civil pública instaurada neste ano. A Cetesb é ré porque teria demorado em cobrar ações da Shell, já que sabia desde 1993 da contaminação. A Shell se defende dizendo que incinerou 2.500 toneladas de material contaminado e retirou tanques antigos.