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CURIOSIDADE:

Em meados da década de 1920, o engenheiro inglês Louis Romero Sanson e o urbanista francês Alfred Agache planejaram a construção de um resort entre as represas de Guarapiranga e Billings. E foi de uma semelhança vista por Agache entre a região sul de São Paulo com Interlaken, na Suíça que surgiu o nome do bairro: Interlagos. Esta parceria deu início à construção do bairro Balneário Satélite da Capital, que tinha como objetivo atrair os mais ricos e abastados moradores da capital. Para isto foi inclusive criada uma praia artificial com areia vinda de Santos, junto às margens da represa Guarapiranga. “Louis Romero Sanson comprou o terreno onde fez o aeroporto de Congonhas e também passou a lotear os terrenos em Interlagos”, conta o historiador Paulo Scali, autor do livro “Autódromo de Interlagos – 1940 a 1980”. (Fonte site G1) A urbanista e arquiteta Eveline Vieira, que ajudou na elaboração do livro do marido, conta mais. “Foi ele quem fez o aeroporto e também Interlagos. E foi dele a criação da (avenida) Washington Luís. Ele fez acordo com os donos das granjas que existiam na região e abriu a estrada”, conta ela. “Queriam abrir o acesso a Interlagos para fazer de Interlagos um bairro satélite. Teria um hotel maravilhoso, praia artificial na represa e também teria o autódromo e ainda uma série de outras coisas para as pessoas morarem em Interlagos. Naquela época as pessoas gostavam de morar muito no centro”, completa. (Fonte site G1) O projeto do bairro previa, além de casas, muitas áreas de lazer e também um ginásio de esportes, mas com a crise da quebra da bolsa nos Estados Unidos a construção do bairro foi abandonada e somente na década seguinte Louis Romero Sanson pôde voltar novamente seus olhos para a região. À época um grave acidente em uma corrida internacional de carros nas ruas da cidade, que começavam a ficar popular, levantou a necessidade de São Paulo ter um autódromo definitivo. Em uma parceria com o Automóvel Clube do Brasil, Sanson priorizou a criação e construção de um circuito na Cidade Balneário, o que deu origem ao autódromo de Interlagos, em um traçado que fez inspirado nas pistas de Indianápolis, nos Estados Unidos, Brooklands, na Inglaterra, e Monthony, na França. Em 12 de maio de 1940, ainda sem estar totalmente concluído e com uma pista de quase 8 Km de extensão, em meio à mata, Interlagos recebia a sua primeira prova de automobilismo e desta forma o autódromo era entregue oficialmente à cidade. A partir de 1972 o autódromo passou a receber as provas da Fórmula 1 e em 1990, o circuito foi reduzido a 4.309 metros por exigências da Federação Internacional de Automobilismo. “O autódromo fez o bairro crescer. Virou um atrativo imobiliário para a região. O bairro ficou famoso por conta do autódromo”, diz o ex-piloto Bird Clemente, de 70 anos. “Sou o cara que mais correu lá (em Interlagos)”, completa ele, que conta que, para chegar em Interlagos 40 anos atrás, era necessário dar uma volta por São Paulo. “A gente cortava pelo Morumbi e pegava a então estrada velha de Santo Amaro. Mas se hoje São Paulo tem mais vias de acesso, por outro lado tem muito mais trânsito. Eu acho que o tempo para se chegar do Pacaembu, onde eu morava, até Interlagos é o mesmo”, concluiu o ex-piloto. (Fonte site G1) Para preservar a qualidade de vida em Interlagos, e garantir o mínimo possível de interferências em sua estrutura, desde 2004 grande parte do bairro foi tombada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da resolução 18/2004 da Secretaria Municipal de Cultura e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio, Histórico, Cultural Ambiental da Cidade de São Paulo-CONPRESP nos termos da Lei nos termos da Lei n° 10.032/85 e pela Lei n° 10.236/86. 





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