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CURIOSIDADE:

Ibirapuera (ypi-ra-ouêra ou ybyrá-puera,) em Tupi, significa “pau podre”, “árvore apodrecida”, “o que foi árvore”, “tronco que finca depois de cortada a árvore” ou “cepo”. O terreno foi parte de uma aldeia indígena na época da colonização que era a morada do grande chefe tupiniquim Caiubi. O local era uma área rural e servia de pasto para as boiadas que iam para o matadouro da Vila Clementino. O primeiro engenho de ferro do Brasil foi construído ali e em 1922 o loteamento das terras tornou a região urbana. O aluguel de cavalos para passeios pela região e os piqueniques pelos bosques de eucaliptos ainda eram comuns no final de 1930. O prefeito da cidade em 1920, José Pires do Rio, idealizou a transformação do local em um parque semelhante aos existentes na Europa e Estados Unidos mas a dificuldade pelo terreno ser alagadiço acabou com a ideia até que um funcionário da prefeitura, Manuel Lopes de Oliveira, conhecido como Manequinho Lopes, apaixonado por plantas, iniciou em 1927 o plantio de centenas de eucaliptos australianos com a intenção de drenar o solo e eliminar a umidade excessiva do local. Entrou em funcionamento então, o Viveiro Manequinho Lopes, que permanece no local até hoje, aberto à visitação pública, abrigando diversidade de plantas e orquídeas. O grande crescimento do bairro aconteceu em 1950, junto com os preparativos para o IV Centenário da Cidade. Em 25 de janeiro de 1954, a entrega do Parque Ibirapuera chamou a atenção da população para o local e, em 1960, a construção da Avenida Santo Amaro trouxe um maior desenvolvimento.

Monumento-Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932

Conhecido como Obelisco dos Revolucionários de 1932, Obelisco do Ibirapuera, Obelisco de São Paulo ou Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, é o maior monumento da cidade, com 72 metros de altura. Em sua base, fica a capela e a cripta cristã, com três arcos que escrito acima: “Viveram pouco para morrer bem, morreram jovens para viver sempre”, em referência aos túmulos dos soldados que morreram na Revolução de 1932, os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, o M.M.D.C, e de outros 713 ex-combatentes. A obra, tombada pelo Patrimônio Histórico, é um projeto do escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili, feito em puro mármore traventino (traventino é uma rocha calcária, composta de calcita, aragonita e limonite), inaugurado em 1955, um ano depois da inauguração do parque.

Monumento às Bandeiras

Inaugurada em 1954, junto com o Parque Ibirapuera, a obra do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret, tombada pelo Patrimônio Histórico, fica na entrada do Parque Ibirapuera, sendo um dos cartões postais de São Paulo. Após Brecheret trabalhar nela durante trinta anos, sua escultura possui duzentos e quarenta blocos de granito, cada um pesando aproximadamente cinquenta toneladas, com cinquenta metros de comprimento e dezesseis de altura. Sua representação remete aos bandeirantes expondo suas diversas etnias e o esforço para desbravar o país com portugueses (Barbados), negros e mamelucos (mestiço de branco com índio), que carregam cruzes no pescoço, puxando uma canoa de monções utilizadas nas expedições fluviais. Segundo uma lenda urbana, o monumento chamado de “empurra-empurra” ou “deixa-que-eu-empurro”, faz referência ao fato da embarcação nunca sair do lugar. A interpretação se dá pelo fato de que as figuras que estão à frente da comitiva não estariam realmente tentando mover a canoa, já que as correias estão frouxas e, a única figura que se esforça realmente para empurrar o barco, é a última.

Fonte: Identidade São Paulo



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