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CURIOSIDADE:

A origem do bairro da Lapa remete à época em que São Paulo ainda era apenas um povoado chamado de São Paulo de Piratininga. O primeiro registro que se tem notícia do local é de 1581, quando os jesuítas receberam uma sesmaria (lote de terras) junto ao Rio Emboaçava que, atualmente, é conhecido como Pinheiros.

Entre os empreendimentos erguidos nessa sesmaria, a partir de meados do século XVII, destacou-se a chamada Fazendinha da Lapa, que ficava próxima aos sítios da Água Branca, Mandi, Emboaçava e Tabatinguá. No ano de 1743, os jesuítas acabaram deixando a região e, cerca de 20 anos depois, a região contava com 5 casas e 31 habitantes.

Com a chegada dos do século XIX e o incremento da produção de açúcar, o movimento do local aumentou. As rotas que ligavam a Vila de Itu a São Paulo e seu litoral foram desviadas, em razão das péssimas condições da ponte sobre o Rio Pinheiros. A ideia era aproveitar a comodidade e facilidade da ponte oferecida pelo Coronel Anastácio de Freitas Troncoso.

É desse período, também, o aproveitamento do barro do rio Tietê que, por sua qualidade, favoreceu o surgimento de olarias e ajudou no crescimento do povoado da Lapa. Era o começo do processo de urbanização da região.

Com a chegada da metade do século XX, a nossa cidade passou a viver o grande apogeu de sua economia, em especial, por causa do café. Não é novidade que a produção saiu do Vale do Paraíba e foi para Campinas. Visando escoar esse montante imenso de café, foi fundada a “Association of the São Paulo Railway Co. Ltda”.

Em 1867 foi inaugurada a famosa estrada de ferro Santos – Jundiaí que passava por SP e, no lado oeste da cidade, a única estação implantada era a Água Branca, local de cruzamento dos caminhos que ligavam a cidade à Freguesia do Ó, Pinheiros e Campinas. Pouco depois da inauguração, o trem também passou a fazer uma parada simples, próximo à ponte do sítio do Coronel Anastácio, para atender a população do então incipiente bairro da Lapa.

O processo de transformação do bairro começaria a partir de então. As grandes fazendas passaram a ser loteadas e vendidas em pequenas propriedades. Os italianos imigrantes eram os principais compradores e, nesse processo, foi aberto, em 1880, o loteamento de Vila Romana.

No mesmo período foi lançado o loteamento do Grão Burgo da Lapa, compreendendo já o núcleo da Lapa de Baixo e toda a região central do bairro. Data dessa época também o loteamento de Vila Sofia, hoje confundido com Vila Romana, composto por 808 lotes de características urbanas.





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