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CURIOSIDADE:
Após a Segunda metade do Século XVII muitos paulistas de São Paulo de Piratininga e Santana de Mogi das Cruzes, acompanhados de suas famílias e de índios administrados, vieram se fixar, ocupando sesmarias e datas de terras, distribuídas pelos donatários da Capitania de São Vicente, por intermédio do Capitão Jacques Félix – o pioneiro da penetração e do desbravamento desta região. Eram sertanistas destemerosos e audazes. Entre os audazes pioneiros um houve que se apegou à gleba escolhida, com o propósito de cultivar e povoar. Foi o paulista Jorge Dias Velho. Como bom católico pôs em prática o seu propósito de erigir em sua fazenda uma Capela, onde se praticasse o culto cristão e servisse de centro de irradiação da fé.
Em 8 de novembro de 1705, Jorge Dias Velho requereu ao Bispo Diocesano do Rio de Janeiro a licença para que o Padre João de Souza Fonseca, vigário de Taubaté, viesse benzer a Capela em vocação a Nossa Senhora da Ajuda e parte do cemitério.
Em 13 de fevereiro de 1706, o requerimento é deferido por Dom Francisco de São Jerônimo, Bispo Diocesano do Rio de Janeiro.
Em 11 de maio de 1706, o Capitão Jorge Dias Velho foi nomeado protetor da Capela.
Em novembro de 1723 a protetoria da Capela foi transferida para o Padre Manoel Rodrigues Velho, filho do Capitão Jorge Dias Velho. Em 11 de fevereiro de 1724 foi expedido o auto de posse da Capela ao Capelão Manoel Rodrigues Velho.
Em 18 de março de 1813, o príncipe regente D. João baixou alvará fundando uma freguesia com sede na Capela, tornando-a adstrita às autoridades administrativas do Conselho Municipal de Taubaté. Em 1850 a freguesia de CAÇAPAVA já exportava mais de 150.000 arrobas de café, pelo porto de Caraguatatuba.
Em 3 de maio de 1850, pela Lei Provincial n º 1, transferiu a sede da freguesia e de distrito para Capela Nova de São João Batista. O Arraial se formou em poucos anos em redor da Capela Nova de São João Batista, em terreno doado pelo Coronel João Dias da Cruz Guimarães. Este considerável aglomerado humano, tendo já pároco, juizes de paz, subdelegado de polícia e fiscal da Câmara Municipal, movimentaram-se as pessoas de maior destaque, residentes em redor da Nova Matriz. Tendo todos os requisitos necessários à formação de um Município distinto, ostentando progresso em suas lavouras, pois exportava mais de 180.000 arrobas de café, além de outros produtos, como sejam cereais e aguardentes de cana.
A Assembléia Legislativa Provincial não fez ouvidos aos apelos dos caçapavenses. Em princípio de 1854, foi apresentado projeto visando à elevação da Freguesia de Nossa Senhora da Ajuda à categoria de vila, ou seja, a instituição do Município. O projeto foi remetido à Câmara Municipal de Taubaté para informação a respeito. A Comissão Permanente da Câmara ofereceu parecer contrário à referida proposição, sob a alegação de que a pretendida elevação da freguesia à categoria de vila muito viria prejudicar a já reduzida área de terras do Município de Taubaté. Esse parecer foi aprovado pela maioria dos vereadores e o projeto foi convertido em Lei, que foi a seguinte:
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